colagem com foto de celular e ícone de reciclagem com o tema do texto em verde e branco na parte inferior direita.

Shein é uma marca chinesa criada em 2008 e você, com certeza, já deve ter comprado algum item ou conhece alguém que é consumidor da marca. Mas além de uma enorme variedade de itens entre roupas, sapatos, acessórios e utensílios para a casa, a empresa também levanta alguns questionamentos quanto a sua produção.

Surgimento da Shein 

Criada em 2008 pelo empresário Chris Xu, a empresa ainda não era conhecida pelo seu nome extremamente popular hoje em dia e nem por suas peças, uma vez que tinha o nome de ZZKKO e trabalhava com artigos de noivas. 

Alguns anos depois seu nome mudou, além do público e expandiu o mercado, passando a se chamar Sheinside e começou a comercializar roupas femininas no geral. E foi a partir de 2010 que os itens da, até então, Sheinside passaram a ser comercializados fora do mercado chinês e alcançaram a Alemanha, Rússia e Itália, por exemplo. 

Print do site da Sheinside antes de ter o nome alterado apenas para Shein.
Foto/Reprodução: Google imagens

Porém, foi no ano de 2015 que a marca começou a produzir seus próprios produtos e adotou o nome que conhecemos e faz muito sucesso atualmente, encurtando o nome apenas para SHEIN

E de acordo com o banco de investimento americano, Piper Sandler, atualmente a marca Shein fica apenas atrás da Amazon no ranking das marcas mais consumidas pelos jovens da Geração Z. 

Como a fast fashion funciona?

Logo da marca Shein.
Foto/Reprodução: Google imagens

Há quem diga que atualmente a Shein é referência no mercado de fast-fashions, isso porque o cliente que acessa o site da empresa se depara com uma infinidade de produtos que vão muito, muito mesmo, além de roupas. No aplicativo, por exemplo, você encontra todos os tipos de acessórios, sapatos, bolsas e agora, até uma linha própria de maquiagem. 

Print da tela de produtos dentro do aplicativo da Shein.
Foto/Reprodução: Print aplicativo Shein

Mesmo todos esses produtos sendo exportados da China, o preço continua sendo muito acessível, o que tornou a empresa o grande sucesso que vemos hoje. Além do preço e da variedade de peças, um dos pontos que muitos levantam a favor da Shein é que a mesma oferece também uma grande variedade de peças em tamanhos plus size, sem que o preço seja extremamente algo como no mercado nacional, por exemplo. 

Por outro lado, muitas pessoas já levantaram o questionamento de como uma empresa consegue colocar mais de 6 mil novas peças no site todos os dias, enviá-las para mais de 150 países, incluindo o Brasil e continuar sendo barata?

Shein x Polêmicas

Em 2021 a Reuters, uma agência de notícias britânica divulgou em reportagem que a empresa não mostrava com transparência as condições de trabalho a que seus colaboradores são submetidos para que tudo o que vemos no site, chegue até lá.   

Após a reportagem ser veiculada em agosto de 2021, a Shein afirma em seu site que cumpre os requisitos de responsabilidade social e que nunca esteve envolvida em exploração infantil ou trabalho forçado. 

Porém, esse ainda é um assunto que muitos debatem, tanto que em 2022 a Bloomberg estimou que as ações da empresa chinesa chegassem em 100 bilhões de dólares e que parte desse lucro é obtida através de exploração trabalhista.

Shein e sustentabilidade

Muitas questões são colocadas em pauta quando se trata de consumir peças da Shein, isso porque as peças vendidas esgotam rapidamente e dão lugar a outras novidades, o que acaba incentivando o consumo muitas vezes, desenfreado. 

Porém, o assunto agora é a nova coleção em parceria com a cantora brasileira Anitta. Essa coleção, diferente da já feita anteriormente com a cantora, ganhou mais notoriedade por unir duas coisas que muitos acreditam não ser possível: a Shein e a sustentabilidade.   

Campanha de coleção sustentável entre Shein e Anitta.
Foto/Reprodução: Print aplicativo Shein

Além da grande notoriedade que Anitta tem, que vai muito mais do que seus mais de 60 milhões de seguidores no Instagram, a artista também se mostra bastante envolvida com a moda e ações sustentáveis. 

A nova coleção da gigante chinesa com a famosa brasileira tem o nome de evoluSHEIN x Anitta e como já divulgado pela empresa, as peças serão confeccionadas com materiais mais sustentáveis e terá também práticas de fabricação mais sustentáveis. 

Ainda de acordo com a Shein, algumas das práticas sustentáveis nessa coleção serão peças fabricadas com poliéster reciclado, viscose certificada, ou seja, são fibras provenientes de fornecedores que não colocam em risco a vida da natureza e por fim, resíduos que seriam descartados em aterros sanitários pelo mundo, serão utilizados na confecção de novos itens para coleções limitadas.

Tentativa de reverter as polêmicas?

Muitos acreditam que esse posicionamento da marca foi estrategicamente pensado para amenizar as polêmicas citadas anteriormente e além disso, como forma de minimizar os impactos que a produção têxtil causa no meio ambiente, seja na fabricação ou no descarte. 

De acordo com Caitrin Watson, diretora de sustentabilidade da marca, a coleção evoluSHEIN by Design apoia um sistema mais circular e que busca amenizar o consumo de novas matérias-primas. 

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